TEMPOS MODERNOS

O filme faz uma crítica ao capitalismo e ao modelo industrial, o presidente da fábrica comandava e vigiava tudo através de câmeras. As ordens eram passadas a um funcionário que se encarregava de repassá-las aos operários que executavam o que era mandado. Era um trabalho mecânico, o ritmo de trabalho dos operários era determinado pela velocidade das máquinas que ficava a cargo de uma outra pessoa que a controlava. Todo trabalho era dividido em etapas, visando somente à produtividade dos operários, o bem estar e a saúde era deixada para depois, não é atoa que Chaplin ficou maluco e internado durante um tempo em uma clinica, portanto o trabalho intelectual era exercido por quem comandava, e o trabalho manual por aqueles que trabalhavam pesados, ou seja, dos trabalhadores.
Os operários eram controlados através do sistema de ponto biométrico, os operários eram vigiados tendo apenas os intervalos do lanche e almoço, ao toque do sinal voltavam ao ritmo acelerado de produção contínua. Sendo um processo de produção fragmentada, para aumentar o desempenho dos trabalhadores a produção é dividida em várias velocidades e eles se revezavam para não se tornar muito repetitivo o trabalho e ainda sim era repetitivo. Cada trabalhador executa uma única etapa, cada um tendo uma função específica e sempre do mesmo jeito, o que aliena o processo de trabalho, delimita a sua capacidade intelectual de produção própria fazendo com que o trabalhador venha à loucura.
Com a própria mecanização, o trabalho desqualifica-se a partir do momento em que é só chegar com uma carta de apresentação, não passavam por um processo de treinamento, e muito menos de qualificação. Eram totalmente submissos a fabrica, durante o filme percebi que não havia solidariedade nas pessoas envolvidas no processo de produção, existia apenas a produção e o velho ditado, cada um por si e Deus por todos.
O ritmo de trabalho era tão acelerado que levava o sujeito a ter até mesmo um comportamento inadequado, pois a dura jornada de trabalho, a mecanização das ações, o despreparo profissional tudo isto levava o individuo a um cansaço muito grande, o trabalhador não podia perder muito tempo. Em decorrência disto havia muitos acidentes de trabalho. Com algumas cenas do filme nos mostra, Chaplin ficou louco com tanto trabalho, foi preço, e ao sair da fabrica não tinha experiência com outros trabalhos, não tinha qualificação, ficou desemprego e doido. Naquela época as fabricas visavam apenas a
mão-de-obra barata sem qualificação, visava apenas à força e o esforço.
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